É uma incógnita, a capacidade do ser humano em autodestruição. A busca desenfreada por poder, seja territorial ou no controle dos recursos naturais, frequentemente nos conduz ao precipício.
A história humana é marcada por conquistas violentas e cruéis, impulsionadas pela ânsia de superioridade. A insegurança latente faz com que o homem veja inimigos em toda parte, mesmo antes de qualquer conflito real, construindo inimigos imaginários gerados por mentes mergulhadas em uma violência genocida.
Nas palavras de Hobbes, “o homem é o lobo do homem.”
Nessa incessante busca pelo domínio, não há limites, nem discernimento de inimigos potenciais. Tudo e todos se tornam adversários assim que cruzam o caminho dessa pretensa supremacia e seus interesses.
As guerras, nesse contexto, carecem de nobreza. Elas se justificam pelo poder tirânico e colonial do Ocidente, que se arroga como universal, senhor do mundo e de todas as coisas.
Esses conflitos não fazem distinção de vítimas: crianças, jovens, idosos, mulheres e o meio ambiente sofrem as consequências. Tudo em nome de uma máquina de poder, uma entidade desprovida de sentimentos, honra ou respeito pela vida.
Com frequência, as marionetes belicosas sequer compreendem a causa das guerras, apenas obedecem às ordens superiores de homens que nem participam dos conflitos, mas maquinam com seus tentáculos longos e insaciáveis que envolvem o mundo e retiram a percepção do respeito à vida e aos direitos.
Essa ganância desmedida é a própria ruína, insustentável. O mundo já não aguenta mais, as pessoas e a natureza não podem mais suportar tanta violência e abuso.
Até quando persistirá essa loucura?
A insanidade violenta encontra justificativas em sua esquizofrenia narcisista e egocêntrica, a crença de que é o propósito da vida, o senhor do mundo, da vida e de todas as coisas. São crianças mimadas, acreditando que suas mãos podem brincar com vidas, com tudo.
É hora de crescer, enquanto ainda há tempo, enquanto a paciência alheia permite essas infantilidades cruéis.
O tempo está se esgotando, e a tolerância para com essa arrogância egoísta se desgasta rapidamente. O mundo continuará girando, independentemente de você e de sua prepotência.
Em última instância, a vida deve ser preservada. Lembremos as palavras de Nelson Mandela: “Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.”
Nas guerras, não há vencedores, apenas vítimas, vidas perdidas em um ciclo sem fim.