O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse na sexta-feira que pode ter notícias no final do dia sobre seu pedido ao presidente dos EUA, Donald Trump, para ajudar a combater os incêndios na floresta amazônica.
Em entrevista a repórteres em Brasília, Bolsonaro disse que as notícias nessa frente podem se materializar depois que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o filho do presidente Eduardo Bolsonaro se encontrarem com o presidente dos EUA, embora não estivesse claro quando a reunião será realizada.
Os dois voaram para Washington na quinta-feira à noite, com Eduardo Bolsonaro dizendo aos repórteres antes de partir que a crise amazônica “certamente” seria discutida.
Eduardo Bolsonaro será nomeado por seu pai como o novo embaixador brasileiro nos Estados Unidos, mas seu nome ainda não foi enviado ao Senado para votação e confirmação.
O presidente Bolsonaro também disse aos repórteres na sexta-feira que falará com a chanceler alemã Angela Merkel no final do dia.
“Um telefonema com Angela Merkel está agendado para hoje. Estou pronto para conversar com algumas pessoas, exceto o nosso querido Macron, a menos que ele se desculpe pela nossa soberania sobre a Amazônia”, disse Bolsonaro, referindo-se ao presidente francês Emmanuel Macron.
No início desta semana, Bolsonaro disse que não aceitaria uma oferta de pelo menos US$20 milhões para ajudar a combater os incêndios amazônicos anunciados por Macron em uma cúpula de líderes do Grupo dos Sete países, a menos que ele retirasse o que ele chamou de “insultos” contra ele.
Os dois líderes se envolveram em uma guerra pública de palavras sobre o manejo dos incêndios amazônicos pelo Brasil e a resposta internacional, que caiu em uma discussão profundamente pessoal.
Bolsonaro também disse na sexta-feira que quer impedir a criação de novas reservas indígenas no Brasil e vai rever as já existentes. Ele pode viajar para a região amazônica na próxima semana, disse aos repórteres.