O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) ratificou hoje uma proposta apresentada por Malta, delineando uma pausa humanitária no conflito entre Israel e o grupo Hamas. A decisão, tomada nesta quarta-feira (15), visa, entre outros pontos, a proteção de crianças no conflito que teve início em 7 de outubro. A resolução estabelece pausas humanitárias de dias, sem especificar a quantidade, para a criação de corredores humanitários em toda a Faixa de Gaza, assegurando serviços básicos e ajuda à sobrevivência dos residentes palestinos. Adicionalmente, a medida exige a liberação dos reféns retidos pelo Hamas.
É crucial salientar que a resolução não determina um cessar-fogo no conflito em Gaza. As pausas humanitárias propostas têm como objetivo facilitar o acesso completo de agências da ONU e seus parceiros, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, proporcionando ajuda necessária à população.
O texto da resolução evita condenar Israel pelos ataques em Gaza e não classifica como “atos terroristas” os ataques do Hamas em 7 de outubro. A votação registrou 12 votos a favor, sem votos contrários, e três abstenções (Estados Unidos, Reino Unido e Rússia).
Vanessa Frazier, representante permanente de Malta na ONU, expressou sua preocupação com as consequências devastadoras do conflito armado sobre os civis. A Rússia, única nação a comentar a resolução durante a votação, a descreveu como “desequilibrada”.
No mesmo dia da votação, forças israelenses realizaram uma operação no maior hospital de Gaza, alegando a presença de membros do Hamas no local. A resolução estabelece que a pausa humanitária deve permanecer ativa o suficiente para garantir a chegada de ajuda aos civis, especialmente crianças.