CPI na Trilha da Escuridão: Investigação Sobre Enel Desvenda Apagão e Condições Precárias de Trabalho

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Crise Energética Desencadeia CPI para Desvelar Gestão e Condições Laborais na Enel

A Câmara Municipal de São Paulo deu luz verde para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) visando escrutinar as responsabilidades da Enel, empresa privada responsável pela distribuição de energia em São Paulo. A iniciativa surge em resposta à recente crise de abastecimento elétrico que afetou a cidade e diversos municípios paulistas, deixando mais de dois milhões de pessoas às escuras. Para esclarecer a situação, o Central do Brasil desta sexta-feira (10) entrevistou a vereadora Elaine Mineiro (PSOL), destacando a urgência de investigação.

Nos últimos anos, a Enel reduziu seu quadro de funcionários em 36%, um fator que, segundo Elaine, pode ter contribuído para a demora na normalização do fornecimento de energia. A CPI, além de apurar a gestão da empresa, terá como foco as condições de trabalho dos funcionários. A vereadora enfatiza a necessidade de compreender o funcionamento das atividades da Enel nas ruas de São Paulo, incluindo a quantidade de funcionários e as condições sob as quais desempenham suas funções.

“Queremos entender o funcionamento do trabalho que a Enel apresenta nas ruas de São Paulo, como ela funciona, a quantidade de funcionários, mas principalmente em que condições esses funcionários têm trabalhado e se eles têm de fato condições de fazer o trabalho que precisa ser feito,” destaca Elaine.

A CPI não se limitará à Enel, estendendo-se para avaliar as responsabilidades da Prefeitura de São Paulo na demora para restabelecer a energia. Elaine ressalta a necessidade de fiscalização rigorosa em concessões, especialmente quando se trata de serviços básicos. A parlamentar critica a falta de diálogo efetivo entre a prefeitura e as empresas prestadoras de serviços, rejeitando a ideia de que a população deve arcar com custos adicionais.

A vereadora lembra que o Sindicato dos Eletricitários de São Paulo alertou sobre a possibilidade de um apagão em julho, contradizendo a alegação de eventos climáticos imprevisíveis.

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