Crise no Oriente Médio: Conselho de Segurança da ONU se Omite em Reunião Tensa

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Especialistas Apresentam Dados, Mas Falta de Acordo Preocupa

Em uma reunião tensa do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocada pelo Brasil, a crise no Oriente Médio ganhou destaque, mas a falta de acordo entre os 15 países presentes deixou uma sensação de impotência. Mesmo com especialistas apresentando dados sobre o conflito entre Israel e Palestina, a esperada nota conjunta não foi alcançada.

De acordo com informações do UOL, alguns governos concordaram que a Palestina tem o direito de se defender, mas condenaram veementemente os métodos adotados pelo Hamas, que surpreendeu o mundo com ataques a Israel por mar, terra e ar, resultando na morte de centenas de israelenses.

Os Estados Unidos, historicamente alinhados a Israel, pediram solidariedade aos israelenses. “Neste momento, é importante que o mundo condene esses ataques…Condenamos os ataques contra civis em todas as partes. Mas o que é importante agora é o apoio a Israel”, afirmou.

O professor de Relações Internacionais da PUC-SP, Reginaldo Nasser, criticou a reunião do Conselho de Segurança. “Imaginemos que qualquer país vote contra Israel hoje, os EUA têm poder de veto. Há inúmeras resoluções contra Israel aprovadas no Conselho, que nunca foram aplicadas. O que muda? Para que serve? Nunca fizeram e vão continuar sem fazer nada.”

Salem Nasser, professor de Direito Internacional da Fundação Getúlio Vargas (FGV), observou que a reunião foi precipitada e que os países provavelmente não tomarão posições imediatas sobre a crise. “A ação do Hamas e seus resultados pegaram muita gente de surpresa. Ninguém vai querer condenar imediatamente, no máximo vão pedir que ambos os lados se contenham e protejam os civis.”

O Acordo de Abraão, negociado pelos EUA para aproximar Israel dos países árabes, está agora em risco, alertou Reginaldo Nasser. Ele destacou que havia conversas em andamento entre israelenses, americanos e a Arábia Saudita, que podem ser prejudicadas pela escalada da crise no Oriente Médio.

Ambos os especialistas acreditam que Israel intensificará os ataques nos próximos dias para testar a resiliência do Hamas. “Eu tenho certeza de que o Hamas só lançou um ataque dessa magnitude porque sabia que poderia resistir e responder”, afirmou Salem Nasser, destacando as possíveis consequências da crise para o conflito entre ucranianos e russos.

“Isso terá grandes repercussões para a guerra na Ucrânia e será vantajoso para a Rússia, mas prejudicial para os ucranianos. Será muito constrangedor para os americanos, pois terão que abandonar ainda mais a Ucrânia em favor de Israel”, concluiu.

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