Crises em Gaza: Brasileiros Retidos enquanto Estrangeiros São Autorizados a Deixar a Região

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Em meio aos conflitos e incursões militares que afligem Gaza, com um trágico saldo de mais de 9 mil vítimas, segundo autoridades locais, os cidadãos brasileiros na região enfrentam restrições para deixar a Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito. A notícia de hoje revela que 576 pessoas receberam autorização para sair, mas entre elas, 400 são estadunidenses e nenhum é brasileiro.

A lista de autorizados a deixar Gaza inclui cidadãos do Azerbaijão, Bahrein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade. Essa permissão é resultado de um acordo entre os governos de Israel e Egito, com mediação do Qatar e a coordenação dos Estados Unidos, cujo presidente, Joe Biden, pessoalmente pressionou por essa liberação de seus cidadãos.

Até o momento, o Itamaraty tem registro de 34 pessoas inscritas em Gaza para repatriação, sendo 18 em Rafah, cidade fronteiriça que liga a Faixa de Gaza ao Egito, e 16 em Khan Yunis, a apenas 10 km de distância.

Essa situação delicada ocorre em meio à intensificação dos ataques e bombardeios por parte das forças israelenses, como o recente bombardeio do campo de refugiados de Jabalia. Este campo, que existe desde 1948, abriga uma população majoritariamente dependente de ajuda humanitária e tem aproximadamente 116 mil refugiados, de acordo com as Nações Unidas. Os ataques consecutivos a esse campo aumentaram a pressão internacional sobre Israel.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, manifestou seu horror diante da situação, pedindo respeito ao Direito Internacional, que proíbe ataques indiscriminados contra alvos civis. Guterres, em comunicado lido por seu porta-voz, Stéphane Dujarric, condenou veementemente qualquer assassinato de civis e expressou séria preocupação com a possibilidade de ataques desproporcionais que poderiam constituir crimes de guerra, dados os elevados números de vítimas civis e a extensão da destruição provocada pelos ataques aéreos israelenses em Jabalia.

Israel alega que um líder da unidade antitanques do Hamas foi morto nos bombardeios e acusa o grupo de manter 240 civis israelenses como reféns. Em comunicado recente, o porta-voz do Exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que a ofensiva está sendo realizada conforme planejado, com as forças israelenses desmantelando as defesas do Hamas no norte de Gaza e protegendo sua fronteira.

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