Em um episódio controverso datado de 2004, o ex-juiz Sergio Moro é alvo de escrutínio após a revelação de uma decisão que envolveu a instalação de escutas secretas e a infiltração de um policial em um escritório. A decisão, tomada após a assinatura do acordo de colaboração do ex-deputado estadual do Paraná, Tony Garcia, levanta questões sobre as táticas usadas por Moro para obter informações sobre autoridades com foro privilegiado.
De acordo com Tony Garcia, a estrutura permitiu que ele grampeasse autoridades com foro, incluindo o então presidente do Tribunal de Contas do Estado em 2005. Os detalhes desse aparato, revelados em documentos judiciais, descrevem a instalação de equipamentos de escuta em duas salas e a presença de um agente policial infiltrado como secretário no escritório.
Sergio Moro alega que essas medidas tinham como objetivo investigar crimes de colarinho branco supostamente cometidos por agentes políticos e públicos. No entanto, Tony Garcia afirma que o conteúdo dos grampos era entregue diretamente a Moro, sem passar pelo Ministério Público previamente.
Enquanto o ex-juiz enfatiza que Tony Garcia é um criminoso condenado que mente às autoridades, as revelações levantam preocupações sobre a ética e a legalidade das ações empreendidas em 2004 e 2005. Este episódio controverso ressalta o contínuo escrutínio em torno das ações de Moro durante sua carreira na magistratura.