Na sequência de eventos lamentáveis durante competições universitárias no interior de São Paulo, prefeituras e especialistas estão chamando a atenção para o comportamento inaceitável de estudantes que participam desses encontros. Os incidentes recentes incluem atos obscenos, maus-tratos a animais e confrontos violentos.
A expulsão de alunos de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa) após uma simulação chocante durante um evento esportivo universitário gerou discussões sobre os limites de comportamento dos estudantes nesses encontros, que geralmente ocorrem nas cidades do interior de São Paulo.
Além das ações vergonhosas dos alunos da Unisa, que envolveram a exposição de genitais durante uma partida de mulheres, houve relatos de estudantes da São Camilo exibindo suas nádegas e realizando algo chamado de “paredão de bunda” durante um evento em São Carlos. Essas ações tinham como objetivo provocar alunos de outras faculdades.
Outro incidente ocorreu quando uma briga generalizada entre estudantes de medicina da PUC-Campinas e da Faculdade de Medicina de Catanduva (Fameca) interrompeu uma competição.
Além disso, durante o mesmo evento, o Ministério Público e a Polícia Civil iniciaram uma investigação sobre maus-tratos a duas galinhas levadas por estudantes da Fameca.
Para Henderson Fürst, advogado especialista em direito médico e presidente da Comissão Especial de Bioética da OAB–SP, esses incidentes indicam que os estudantes estão ultrapassando limites éticos há algum tempo. Ele enfatiza a responsabilidade das faculdades de medicina na formação de profissionais éticos e alerta para a necessidade de uma revisão profunda do ambiente universitário.
A prefeitura de São Carlos está considerando medidas para coibir abusos nas competições, como a instalação de câmeras em ginásios para registrar incidentes e a inclusão de cláusulas contratuais responsabilizando as atléticas por comportamentos inadequados.
