Nos bastidores políticos, a especulação fervilha e as fichas estão sendo apostadas no próximo ocupante da cadeira vazia no Supremo Tribunal Federal (STF). Após a saída da ministra Rosa Weber, uma figura ganha destaque e parece consolidar sua posição como favorito: o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Informações colhidas pela coluna indicam que o ex-governador do Maranhão já estaria fazendo arrumações, metaforicamente “limpando as gavetas,” em preparação para deixar seu posto no ministério.
Até então, a aposta mais forte recaía sobre o Advogado Geral da União, Jorge Messias, que desfrutava de apoio unânime da cúpula do PT. Entretanto, a indicação de Dino ganhou ímpeto por dois motivos fundamentais: os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes o colocaram na equação, e nos bastidores, o ministro da Justiça tem mostrado sinais de fadiga com o desgaste inerente ao Executivo.
Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, surge como uma possível solução interna para assumir o Ministério. Ele inclusive criticou recentemente a pressão sobre o presidente para indicar uma mulher para o Supremo, argumentando que a nomeação do procurador-geral da República e do STF é um ato representativo da vontade do povo através de seu representante eleito, o Presidente.
Vale lembrar que Cappelli atuou como interventor federal no Distrito Federal após o ataque golpista ocorrido em 8 de Janeiro, recebendo elogios de Lula à época.
Por outro lado, Marco Aurélio de Carvalho é outro nome respaldado pelo PT para assumir o Ministério, caso Dino de fato vá para o STF. Como coordenador do grupo “Prerrogativas,” ele desfruta de boa reputação no partido, ao qual também é filiado.
No entanto, Messias tem expressado seu descontentamento com a perspectiva de liderar o Ministério da Justiça sem mudanças na equipe. Aguardemos os próximos desdobramentos.