O Ministério da Saúde sob administração do Hamas em Gaza divulgou uma lista contendo 6.747 nomes de indivíduos que alega terem sido vítimas dos incessantes bombardeios de Israel na região palestina, em retaliação ao ataque liderado pelo grupo em 7 de outubro. Na ocasião, mais de 1.400 pessoas em Israel foram afetadas. Essa informação foi reportada pelo jornal The New York Times.
A divulgação desses detalhes, realizada na noite passada, representa uma resposta direta ao comentário do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Um dia antes, durante uma coletiva na Casa Branca, o presidente declarou que “não tinha confiança nos números divulgados pelos palestinos”.
A lista inclui os nomes, idades, sexos e números de identificação de cada pessoa falecida, dentre as quais constam 2.665 crianças. O ministério também informou que não conseguiu identificar outras 281 pessoas que perderam a vida, o que elevaria o total de vítimas fatais para 7.028.
Além disso, foram excluídas da lista as pessoas que se acredita ainda estarem soterradas sob os escombros e que estão desaparecidas, bem como aquelas que foram sepultadas sem terem passado por um hospital, e as cujas mortes não foram registradas pelas instituições hospitalares.
Vale destacar que o Ministério da Saúde, subordinado ao governo do Hamas em Gaza, emprega funcionários públicos que já atuavam na região antes do controle pelo grupo.
A divulgação dos nomes das vítimas ocorreu em resposta às dúvidas manifestadas por Biden, que afirmou não ter certeza de que os números relatados pelos palestinos eram verídicos em relação ao total de mortos. Ele acrescentou que “tenho certeza de que inocentes foram mortos, mas esse é o preço da guerra.”
Biden não especificou os motivos de seu ceticismo, mas levantou preocupações de que o Ministério da Saúde, que é em última análise supervisionado pelo Hamas, fosse suspeito, dado o histórico dos Estados Unidos de considerar o grupo islâmico como uma organização terrorista.