Nesta quinta-feira (28), Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), assume a presidência da mais alta corte do país em uma cerimônia que promete ser marcante. Para tornar o momento ainda mais especial, Barroso convidou a icônica cantora Maria Bethânia para entoar o hino nacional brasileiro. A posse está agendada para as 16h e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bem como dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de outras autoridades dos Três Poderes. Barroso permanecerá na presidência do STF e do CNJ até outubro de 2025, tendo o ministro Edson Fachin como vice-presidente.
A gestão de Barroso será orientada por três pilares essenciais: conteúdo, comunicação e relacionamento. “Isso significa aprimorar a qualidade dos serviços prestados pelo Poder Judiciário, tornando-o mais eficiente; proporcionar uma melhor compreensão pela sociedade do papel do STF e de suas decisões; e manter um relacionamento com diversos segmentos da sociedade, de trabalhadores a empresários, para ouvir as necessidades e preocupações de todos,” afirmou Barroso em entrevista.
Em sua gestão, Barroso dará destaque a temas como segurança jurídica, respeito às instituições e à separação dos Poderes, além de enfatizar o combate à pobreza e às desigualdades.
Luís Roberto Barroso, de 65 anos, nascido em Vassouras (RJ), é doutor em direito público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e professor de direito constitucional na mesma instituição. Sua postura é frequentemente descrita como progressista e liberal entre os juristas.
Antes de se tornar ministro do STF em 2013, Barroso construiu uma carreira sólida na advocacia e atuou em casos de grande relevância, incluindo a liberação de pesquisas com células-tronco embrionárias, a defesa do reconhecimento das uniões homoafetivas e o direito à interrupção da gravidez em casos de fetos anencéfalos.
Durante sua década de atuação no STF, Barroso relatou processos de ampla repercussão, como o julgamento de recursos relacionados ao mensalão, a decisão que suspendeu despejos e desocupações em áreas urbanas e rurais devido à pandemia de COVID-19 e, mais recentemente, a questão relacionada ao piso salarial da enfermagem.
Barroso sucede a ministra Rosa Weber, que se aposentará na próxima segunda-feira (2) ao completar 75 anos. Em sua última sessão no STF e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Weber expressou emoções profundas, refletindo sobre sua trajetória e a próxima fase de sua vida.
