O governo Lula se prepara para indicar novos diretores do Banco Central, marcando um capítulo significativo na política econômica do país.
Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que está prestes a anunciar os nomes que ocuparão duas cadeiras estratégicas na diretoria do Banco Central, abrindo caminho para uma gestão alinhada com suas diretrizes econômicas. A notícia veio à tona durante uma coletiva concedida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira, dia 23, em Brasília, após uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Os nomes indicados substituirão Fernanda Guardado, na diretoria de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, e Maurício Costa de Moura, que ocupa a cadeira de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta. Ambos estão prestes a encerrar seus mandatos em 31 de dezembro.
O processo de nomeação envolve uma etapa crucial de aprovação no Senado, onde os indicados precisarão angariar o suporte dos legisladores para assumirem seus postos. Haddad expressou o desejo de que a indicação aconteça o mais rápido possível, contudo, destacou que o timing dependerá das negociações e diálogos em andamento entre os senadores.
É relevante observar que a liderança do Banco Central é composta pelo presidente, Roberto Campos Neto, e por outros oito diretores. A nomeação desses novos diretores, que ocorre em um contexto de mudanças significativas na política econômica do país, segue a nomeação do economista Gabriel Galípolo em julho, que assumiu a diretoria de Política Monetária, bem como a nomeação do auditor Ailton de Aquino Santos, que passou a ocupar a diretoria de Fiscalização.
Um aspecto notável dessa nomeação é a autonomia conferida ao Banco Central em 2019, que limita a capacidade do presidente Lula de demitir membros da instituição sem justificativa e aprovação do Senado, um contraste em relação a administrações passadas. Isso acrescenta um novo dinamismo à dinâmica entre o governo e o Banco Central.
