Em uma tragédia que continua a se desenrolar, o território da Faixa de Gaza testemunhou a perda de mais de 8 mil vidas após a série de bombardeios israelenses. Entre as vítimas, um número alarmante de 3.342 são crianças, 2.062 são mulheres e 460 são idosos. Esses números são baseados em um comunicado do Ministério da Saúde de Gaza, anunciado neste domingo (29) e relatado pela agência EFE.
A contagem de vítimas abrange o período desde o último dia 7, quando o grupo Hamas lançou um ataque contra Israel, desencadeando uma espiral de violência na região.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf al Qudra, revelou durante uma entrevista coletiva que as baixas incluem centenas de mulheres e idosos, refletindo o impacto brutal dos conflitos. Além disso, ele destacou que cerca de 25 ambulâncias foram destruídas dentro do território, e 57 unidades de saúde sofreram ataques por parte das forças israelenses.
Nesse cenário de desespero, Ashraf al Qudra fez um apelo urgente para que a entrada de ajuda humanitária crucial seja permitida por meio da fronteira em Rafah, que liga Gaza ao Egito.
Israel, por sua vez, anunciou que atacou mais 450 alvos do Hamas na Faixa de Gaza no dia atual. Isso se soma aos 150 alvos subterrâneos que foram atingidos em ataques durante a madrugada de sábado (28). O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu descreveu essa escalada como a “segunda fase” da guerra.
Na fase anterior, as Forças de Defesa de Israel afirmaram ter eliminado terroristas e destruído túneis e infraestruturas do Hamas no norte de Gaza.
É importante mencionar que, em meio a esses eventos, houve alegações não confirmadas. O Exército israelense, em sua conta na rede social X (antigo Twitter), divulgou uma animação na qual sugeria que o hospital Shifa, a maior unidade de saúde em Gaza, funcionava como um suposto “quartel-general” do Hamas. Essas alegações não foram acompanhadas de provas sólidas e causaram debates e incertezas sobre a situação.