Israel anunciou uma extensa ofensiva aérea na Faixa de Gaza, marcando seu maior ataque aéreo desde o início do conflito com o grupo Hamas. Mais de 600 alvos foram atingidos, incluindo pontos de lançamento de foguetes no Líbano e na Síria, ligados tanto ao Hamas quanto ao Hezbollah, aliado do grupo palestino.
Concomitantemente, a incursão terrestre, a segunda fase da operação israelense para eliminar a ameaça do Hamas em Gaza, continua na região norte do território palestino. As forças israelenses afirmam ter eliminado dezenas de terroristas que se entrincheiraram em prédios e túneis, tentando atacar as tropas.
As ações terrestres têm sido acompanhadas pelos mais intensos bombardeios aéreos e de artilharia desde o início do conflito, conforme relatado pela ONU. No entanto, o governo israelense mantém sigilo sobre os detalhes das operações. Pequenos videoclipes divulgados pelas Forças de Defesa mostram tanques, veículos blindados e tropas a pé dentro de Gaza, mas a extensão da penetração israelense permanece sob sigilo.
Analistas militares alegam que as tropas avançam com extrema cautela, eliminando armadilhas e túneis, enquanto preparam corredores para permitir a chegada de tanques e tropas nas proximidades de Gaza. Atualmente, as forças israelenses permanecem dentro do território palestino, evitando cruzar a fronteira.
Com uma área ligeiramente maior que a cidade de Belo Horizonte e uma população de dois milhões de habitantes, Gaza enfrenta uma crise humanitária cada vez mais intensa.
À medida que as tropas israelenses avançam nas áreas mais densamente povoadas, surge o temor de um cenário similar ao ocorrido em Fallujah, no Iraque, em 2004, quando a invasão liderada pelos EUA resultou em grande número de baixas e intensos conflitos.
No que diz respeito à ajuda humanitária, trinta e três caminhões entraram em Gaza, representando o maior comboio em um único dia desde o início do conflito. No entanto, organizações locais alegam que a ajuda ainda é insuficiente e que a quantidade anunciada no domingo foi menor do que o esperado.
No último sábado, houve relatos de palestinos invadindo e saqueando centros de distribuição de alimentos da ONU em Gaza, evidenciando um declínio da ordem civil após três semanas de guerra e cerco.
Além disso, houve um breve período de blackout de comunicações, com os moradores de Gaza ficando sem conectividade por 34 horas. O fornecimento de água também foi parcialmente restaurado com a reabertura de um dos três dutos que abastecem Gaza, fornecendo 28,5 milhões de litros, mas ainda abaixo dos 49 milhões de litros anteriores ao início dos ataques israelenses.