Plano de Realocação de Gaza Revelado pelo Jornal Haaretz

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Uma revelação chocante veio à tona, conforme o renomado jornal israelense Haaretz publicou informações que lançam luz sobre um plano potencialmente polêmico do Ministério da Inteligência de Israel. De acordo com o documento em questão, Israel considera a realocação forçada da população da Faixa de Gaza para a Península do Sinai, no Egito, ao término do conflito em curso. Este plano inicialmente sugere a instalação temporária em cidades de tendas, para posteriormente estabelecer comunidades permanentes no norte do Sinai.

A notícia do Haaretz confirma detalhes que foram divulgados em primeira mão no dia 24 de outubro, durante o programa “ICL Notícias – 2ª Edição”, pela nossa enviada especial à Palestina, Heloisa Villela. Villela, em contato com uma fonte vinculada à Autoridade Palestina, compartilhou a informação que abalou o mundo. “Na reunião desta segunda-feira (23), foi enfatizado que tudo já está acertado, que o plano é de amplo conhecimento e que todos os residentes da Faixa de Gaza serão obrigados a sair, sendo transferidos para o território do Egito”, afirmou Heloisa. “Isso efetivamente sela a anexação da Faixa de Gaza por parte de Israel. A solução final para esse conflito está definida”.

Villela também esclareceu que, para que isso ocorra, haverá negociações com o governo egípcio. Em contrapartida, o Egito receberá esses deslocados e obterá benefícios, como o cancelamento da dívida externa e assistência internacional. A notícia é motivo de grande preocupação na região, e uma questão dominante é o impacto que isso terá sobre a Cisjordânia.

Os habitantes da Cisjordânia temem que, em breve, eles também sejam expulsos do já diminuto território que lhes resta. O documento revelado pelo Haaretz apresenta duas alternativas que poderiam evitar a realocação da população. Uma delas é permitir à Autoridade Palestina, que tem controle parcial da Cisjordânia, governar a Faixa de Gaza com a permanência de seus atuais residentes. A outra opção seria que Israel estabelecesse um “domínio árabe local” com os moradores de Gaza que optarem por permanecer em suas casas após o colapso do regime do Hamas.

É importante ressaltar que os Estados Unidos se manifestaram publicamente contra esses planos. O presidente Joe Biden comunicou ao presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, que “os palestinos em Gaza não serão deslocados para o Egito nem para qualquer outra nação”.

De acordo com informações de um site israelense, a opção de instalar a população de Gaza no norte do Sinai inclui a criação de uma zona-tampão de vários quilômetros, destinada a impedir que os habitantes se aproximem da fronteira israelense.

É importante notar que o Ministério da Inteligência de Israel confirmou a existência do documento, mas uma fonte interna esclareceu que não se espera que o gabinete governe sobre essa proposta. Além disso, o Ministério da Inteligência não é a entidade governamental responsável por tomar essa decisão.

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