A Polícia Federal efetuou a prisão de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, um nome associado à milícia carioca e alvo dos traficantes que tragicamente executaram, por engano, três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no dia 5 de outubro. O desdobramento das investigações resultou na captura de Barbosa na Avenida Abelardo Bueno, também na Barra da Tijuca, acompanhado por três indivíduos, supostamente policiais militares encarregados de sua segurança.
Barbosa é filho de Dalmir Pereira Barbosa, considerado um dos principais líderes da milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste da cidade. Seu histórico inclui uma prisão em dezembro de 2020, durante uma operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio. Condenado a uma pena de 8 anos e 4 meses de prisão por envolvimento em organização criminosa, ele permaneceu detido até março deste ano, quando a pena passou a ser cumprida em regime domiciliar. Em setembro, conquistou a liberdade condicional.
O trágico equívoco que culminou nas mortes dos médicos Perseu Ribeiro Almeida, Marcos de Andrade Corsato e Diego Ralf Bomfim, este último irmão da deputada federal licenciada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), destaca-se pela notável semelhança física entre Taillon de Alcântara Pereira Barbosa e o Dr. Perseu Ribeiro de Almeida. O ataque ocorreu quando traficantes da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, atacaram, erroneamente, um grupo de médicos que desfrutava de um momento de lazer em um quiosque na Barra da Tijuca. O único sobrevivente do trágico incidente foi Daniel Sonnewend Proença, que acompanhava os colegas durante um congresso no Rio de Janeiro.