A polícia de Hong Kong disparou gás lacrimogêneo no sábado (21) para espalhar manifestantes pró-democracia depois que grupos apoiando laços mais estreitos com a China arrancaram mensagens contra o governo de John Lennon Wall em uma revolta cuja duração já tem mais de três meses.
O primeiro tubo de gás lacrimogêneo foi disparado quando manifestantes atiraram bombas de gasolina contra policiais na cidade de Tuen Mun e à noite em Yuen Long.
Sob luz solar forte, os manifestantes de Tuen Mun incendiaram uma bandeira da China e derrubaram cercas de madeira e metal. Após isto, pegaram o equipamento de controle de tráfego e o usaram para bloquear as ruas, uma das quais estava em chamas.
Os manifestantes saquearam uma estação, escavaram tijolos e recolheram pedras da pista para fazer dela uma arma. Outros usaram extintores de incêndio contra a polícia, que prendeu diversas pessoas.
Centenas de manifestantes se retiraram quando o gás lacrimogêneo foi disparado, espalharam-se ao longo de uma pista e depois se reagruparam. Outros espalharam-se em centros comerciais e ruas paralelas.
Dezenas de apoiantes de Pequim destruíram parte do mosaico de papéis colantes apelando à democracia e denunciando a interferência chinesa na antiga colônia britânica, que ficou sob controle chinês em 1997.