Em uma declaração impactante feita nesta quarta-feira, 8 de novembro de 2023, o Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, enfatizou a importância de distinguir o grupo Hamas dos anseios de independência do povo palestino. Nesse pronunciamento, o ministro condenou firmemente as ações classificadas como terroristas atribuídas ao Hamas, enquanto também expressou seu repúdio à maneira como o Estado de Israel vem conduzindo a situação, que ele vê como um flagrante crime de guerra e uma violação das normas do direito internacional humanitário.
Durante uma entrevista no programa “Bom dia, ministro” da TV Brasil, Almeida destacou a gravidade da situação, onde a população de Gaza tem sofrido privações severas, incluindo acesso limitado a alimentos, água, energia e combustível, devido ao cerco imposto por Israel à região, sob o controle do Hamas. Enquanto alguns caminhões de ajuda humanitária têm conseguido entrar por meio da fronteira com o Egito, transportando alimentos e medicamentos, organizações não governamentais apontam que a quantidade disponibilizada ainda é insuficiente. Além disso, Israel confirmou um ataque aéreo contra o campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza.
O ministro enfatizou seu apoio à criação de um Estado Palestino independente e reconheceu que o conflito entre israelenses e palestinos tem assolado o Oriente Médio por décadas. Ele destacou o direito do povo palestino à autodeterminação e à criação de seu próprio Estado, sublinhando que a situação atual representa décadas de opressão e violência, sendo inaceitável o que a população da Palestina tem enfrentado.
Almeida também apelou por um cessar-fogo definitivo no conflito, salientando a necessidade urgente de pôr fim à perda de vidas, especialmente de crianças, e instando à libertação incondicional dos reféns.
Novembro Negro: Resgatando a Memória da Escravidão
Além de abordar a situação no Oriente Médio, o Ministro Silvio Almeida anunciou uma iniciativa importante no Brasil. O governo lançará “lugares de memória” relacionados à escravidão no país. Serão colocadas 100 placas de reconhecimento em locais históricos que remetem ao período escravocrata do Brasil. Essa ação faz parte da campanha Novembro Negro, destinada a combater a desigualdade racial.
O Ministério dos Direitos Humanos liderará ações de resgate da memória daqueles que foram escravizados no Brasil. Silvio Almeida sublinhou a importância de dedicar um mês inteiro para refletir sobre a consciência negra, culminando na celebração do Dia da Consciência Negra em 20 de novembro. Esta iniciativa visa reconhecer os traços históricos que moldaram o Brasil e a luta contínua pela dignidade da população negra no país.
O Ministro enfatizou que resgatar a memória é um passo crucial para reparar os erros do passado, destacando que campanhas como o Novembro Negro desempenham um papel fundamental no Brasil, abordando questões cruciais e promovendo a igualdade.
