O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse na terça-feira que quer que o presidente francês Emmanuel Macron retire “insultos” contra ele antes de considerar aceitar a ajuda do Grupo dos Sete países que ofereceram US$ 20 milhões para ajudar a combater os incêndios florestais na Amazônia.
Os dois líderes se envolveram em uma guerra de palavras profundamente pessoal e pública nos últimos dias, com Bolsonaro zombando da esposa de Macron no Facebook e acusando o líder francês de desrespeitar a soberania do Brasil. Macron chamou Bolsonaro de mentiroso e disse que as mulheres brasileiras provavelmente têm vergonha de seu presidente.
Os incêndios amazônicos criaram uma grande crise para o jovem governo de extrema-direita de Bolsonaro, que está perdendo popularidade e se vê cada vez mais isolado no cenário global por causa de sua resposta aos incêndios na Amazônia.
A questão da aceitação ou não de dinheiro estrangeiro também se tornou complicada dentro do governo de Bolsonaro, com vários membros do gabinete tomando posições diferentes sobre a oferta.
Inicialmente, à medida que os incêndios ganharam manchetes globais, Bolsonaro disse que o Brasil não tinha recursos para enfrentar os incêndios. Depois, após a oferta do G7, seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chamou a ajuda de “bem-vinda”.
No entanto, na segunda-feira à noite, o chefe de gabinete de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, disse que o Brasil rejeitaria a oferta do G7, embora seu escritório dissesse que essa era sua opinião pessoal.
Falando aos repórteres em Brasília na terça-feira, Bolsonaro disse: “Primeiro de tudo, Macron tem que retirar seus insultos. Ele me chamou de mentiroso. Antes de falarmos ou aceitarmos qualquer coisa da França… ele deve retirar essas palavras, então podemos falar”, disse Bolsonaro.
“Primeiro ele se retira, depois oferece (ajuda), então eu vou responder.