Hospitais em Gaza em Colapso por Escassez de Água e Combustível

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A difícil situação dos hospitais em Gaza, sobrecarregados pelo grande número de vítimas da guerra e cidadãos buscando refúgio dos bombardeios israelenses, atinge um ponto crítico devido à falta de água e combustível para geradores. Nesse contexto de extrema improvisação, médicos enfrentam desafios inimagináveis, realizando cirurgias com pouca ou nenhuma anestesia, enquanto recursos inusitados, como telefones celulares e até vinagre, tornam-se insumos cirúrgicos.

O diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza, Medhat Abbass, lamenta a falta de combustível para acionar os geradores de reserva, que afeta diretamente as áreas críticas, como salas de cirurgia, unidades de terapia intensiva e salas de emergência. A equipe médica, já exausta, enfrenta a escassez de suprimentos médicos, sendo obrigada a realizar procedimentos em corredores, no chão, com luz fornecida por telefones celulares e, em casos extremos, sem anestesia, recorrendo ao vinagre como substituto do antisséptico.

Pequenas quantidades de suprimentos médicos conseguiram atravessar a fronteira entre o Egito e Gaza nos últimos dias, porém, Israel recusa a distribuição na região norte, onde a maioria dos hospitais está localizada, devido a planos de uma ofensiva terrestre. Mais de 20 hospitais receberam ordens de evacuação pelo exército israelense, uma determinação que os médicos afirmam ser impossível de cumprir.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alega que não pode distribuir combustível e materiais médicos na região norte devido à falta de garantias de segurança. Desde o ataque-surpresa do Hamas em outubro, não se permite a entrada de combustível em Gaza, o que levou à falta de energia nos geradores dos hospitais e da usina de dessalinização e bombeamento de água.

Além da crise nos hospitais, a água potável está praticamente esgotada em Gaza, elevando os preços da água engarrafada e tornando-a inacessível para a maioria das famílias. A Oxfam, uma organização não-governamental, alerta que a fome está sendo usada como arma de guerra contra os civis em Gaza, e apenas 2% dos alimentos usuais foram entregues desde o bloqueio total imposto por Israel.

A situação precária se estende às escolas, que foram transformadas em abrigos superlotados para centenas de milhares de pessoas. As crianças palestinas não podem frequentar as salas de aula, e a superlotação em campos de refugiados improvisados gera preocupações sobre acesso à assistência básica e condições higiênicas inadequadas.

Nesse cenário desolador, a população de Gaza enfrenta uma crise humanitária profunda, exacerbada pela guerra, e as esperanças de melhora estão escassas.

A guerra fez com que a população de Gaza, já em uma crise humanitária profunda, enfrentasse condições ainda mais adversas. Aproximadamente 1,2 milhão de pessoas dependiam de assistência alimentar e 80% viviam na pobreza antes do conflito. As restrições de acesso e movimento, resultado do bloqueio imposto por Israel, já tornavam a situação muito difícil. Agora, a guerra agravou ainda mais essa situação, fazendo com que as condições de vida se deteriorassem drasticamente.

A necessidade de água potável e suprimentos médicos é urgente, e a comunidade internacional se encontra diante de um desafio humanitário crescente. À medida que a crise se desenrola em Gaza, é fundamental buscar soluções para garantir que as necessidades básicas da população sejam atendidas. A paz e a cooperação são vitais para aliviar o sofrimento das pessoas afetadas por esse conflito prolongado.

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