O presidente russo, Vladimir Putin, quebrou o silêncio em relação ao recente conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, oferecendo uma análise franca das raízes e implicações do confronto. Putin, em um encontro com o primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Al Sudani, declarou que o atual cenário no Oriente Médio é um “vívido exemplo do fracasso da política dos Estados Unidos na região”.
O líder russo destacou que os Estados Unidos tentaram monopolizar as negociações políticas no Oriente Médio, muitas vezes negligenciando a busca por compromissos que atendessem a ambas as partes envolvidas. Essa abordagem, segundo Putin, resultou na paralisia das decisões do Conselho de Segurança da ONU relacionadas à criação de um Estado Palestino.
Putin reiterou o compromisso da Rússia, em conjunto com o Iraque, de minimizar os danos à população civil na região. Esta declaração vem à tona após o trágico incidente em que um míssil russo atingiu um café em Hroza, Ucrânia, resultando na perda de 51 vidas.
Antes do pronunciamento de Putin, o Kremlin já havia expressado preocupação com a situação no Oriente Médio. Comentários em canais de televisão estatais russos e em blogs pró-Kremlin caracterizaram o ataque a Israel como um reflexo do fracasso das políticas ocidentais na região e sugeriram que isso poderia marcar o início de uma guerra capaz de minar o apoio ocidental à Ucrânia.
Putin, conhecido por sua diplomacia perspicaz e assertiva, insiste na necessidade de um diálogo eficaz e da busca por soluções que levem em consideração os interesses de todas as partes envolvidas, reforçando a importância de respeitar as decisões do Conselho de Segurança da ONU em relação à questão palestina.