Transplante Cardíaco Internacional: Uma Jornada Extraordinária

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Em um feito inédito, médicos realizaram com sucesso um transplante cardíaco após o coração atravessar o Atlântico em um voo comercial de 12 horas. A notável jornada, ocorrida em janeiro de 2024, partiu das Antilhas Francesas rumo a Paris, na França, e trouxe esperança de avanços significativos na área médica. O resultado desse pioneirismo foi divulgado em 28 de fevereiro pelo periódico The Lancet.

O coração do doador, um homem de 48 anos nas Antilhas Francesas, foi retirado após ser declarado com morte cerebral três dias após uma hemorragia cerebral. Após a cirurgia, o órgão foi transportado na cabine de um voo comercial da Air France até Paris, onde esperava um receptor, um homem de 70 anos com cardiomiopatia isquêmica terminal e insuficiência renal crônica.

O estudo, utilizando uma máquina de perfusão especial, busca expandir os tempos de preservação de órgãos, visando melhorar o acesso a transplantes cardíacos. Os resultados indicaram a viabilidade de preservar o coração por até 12 ou 14 horas, um avanço significativo em relação às 4 horas habituais.

Esta iniciativa faz parte de um estudo piloto envolvendo corações de doadores de Guadalupe e Martinica, preservados em uma máquina de perfusão que mantém o órgão refrigerado e com oxigenação adequada. Para o transporte até Paris, foi utilizado um dispositivo sueco de assistência cardíaca chamado XVIVO, aguardando ainda a aprovação de agências reguladoras.

Os médicos envolvidos enfatizam que o objetivo do projeto não é apenas um feito singular, mas sim estabelecer um programa sustentável de doação cardíaca nas Antilhas Francesas. Além da demonstração da viabilidade da preservação prolongada de enxertos cardíacos, busca-se tornar essa operação reproduzível e manter os custos de transporte acessíveis.

O projeto continuará nos próximos 36 meses, com a realização de mais sete transplantes cardíacos utilizando o mesmo método de preservação. Até o momento, o paciente transplantado com o coração que cruzou o Atlântico, após três meses, está em casa e leva uma vida normal, trazendo esperança para muitos outros que aguardam por uma oportunidade semelhante.

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