A Obra Esquecida de Apeles

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1609

Nenhuma de suas obras foi preservada, mas, a despeito disso, Apeles teve sua celebridade firmada através de referências escritas. Plínio, Estrabão, Luciano, Ovídio, Petrônio e outros autores consideraram-no o mais importante pintor da antiguidade.

Da vida de Apeles sabe-se quase tão pouco quanto de sua arte. Mas há indícios de que, nascido na Jônia, tenha estudado com o pintor Pânfilo de Anfípolis na célebre escola dória de Sícion, no sul da Grécia. Na Olimpíada 112 (332-329 a.C.), segundo Plínio, conheceu Alexandre o Grande, de quem se tornou retratista oficial. Para o templo de Diana, em Éfeso, Apeles pintou o retrato de Alexandre com um raio na mão, à semelhança de Zeus. Igualmente notáveis seriam retratos de cortesãos influentes e as composições alegóricas com personagens e cenas da mitologia, como “Afrodite saindo do mar”.

Nem por meio de cópias suas obras foram conhecidas. Suas descrições, contudo, asseguraram-lhes influência bem mais tarde, especialmente durante o Renascimento na Itália. Assim é que “Calúnia” de Apeles, descrita por Luciano, inspirou a Boticelli, em 1494, uma pintura de igual título hoje nos Ufizzi, em Florença. O estilo do mestre grego, segundo os autores da antiguidade, caracterizava-se pela suavidade do colorido e a precisão das linhas. Apeles esteve ativo até os últimos anos do século IV a.C., a se deduzir de suas relações com Ptolomeu, Antígono e Protógenes.

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