A advogada Tânia Mandarino, conhecida militante paranaense, membro do Coletivo Advogados e Advogadas pela Democracia, expressou críticas contundentes contra a Operação Lava Jato. Em sua análise, Mandarino não apenas questionou os métodos e práticas da Lava Jato, mas também sugeriu que o propósito da operação ia além da simples busca por justiça, visando enriquecimento pessoal e favorecimento político.
Em uma recente entrevista ao Brasil de Fato Paraná, Mandarino comentou o afastamento da juíza Gabriela Hardt, destacando que Hardt está sob investigação por sua associação com a fundação da Lava Jato, supostamente financiada pela Petrobras. Segundo Mandarino, a operação não apenas buscou perseguição política, mas também objetivos escusos de ganho financeiro e político, transformando seus membros em mandatários através do capital.
Mandarino foi cautelosa ao interpretar os acontecimentos recentes, observando que o afastamento de Hardt e outros procuradores do TRF-4 é uma medida cautelar enquanto aguardam processos administrativos disciplinares. Ela enfatizou que, embora seja um passo importante, a verdadeira extensão dos problemas da Lava Jato ainda não está clara e só o tempo revelará a magnitude das falhas e crimes cometidos.
A advogada criticou o papel da mídia empresarial no desgaste da Petrobras, sugerindo que a retórica anticorrupção serviu como uma cortina de fumaça para encobrir os próprios atos corruptos dos agentes da Lava Jato. Ela apontou para a mídia empresarial que continua a enfraquecer a Petrobras, desviando a atenção do público do verdadeiro cerne das questões.
Por fim, Mandarino chamou a atenção para o papel ambíguo do judiciário nesse contexto, destacando que a segurança jurídica pode ser facilmente influenciada pelos ventos políticos. Ela citou o exemplo de Barroso, um ministro do STF, minimizando os erros dos procuradores da Lava Jato. Isso sugere que, na democracia burguesa, o judiciário também pode desempenhar um papel prejudicial na imagem da Petrobras.
