Uma tempestade financeira está abalando o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme relatórios detalhados das movimentações financeiras de seus mais próximos aliados foram revelados. Os documentos, enviados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) à CPI dos Atos Golpistas e compilados pelo g1, indicam que, pelo menos, R$ 26.665.739,96 milhões foram movimentados por membros desse círculo íntimo entre 2020 e 2023.
Figuras-chave da equipe de apoio direto a Bolsonaro, incluindo o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, foram implicadas nesse escândalo financeiro. O Coaf classificou as contas como “atípicas”, uma vez que a soma identificada não condizia com o patrimônio e rendimentos do grupo. Suspeitas de lavagem de dinheiro surgiram devido a vários fatores, incluindo saques estratégicos, movimentações suspeitas e transferências entre os envolvidos.
De acordo com o Coaf, entre 2022 e 2023, todas as contas analisadas registraram algum tipo de movimentação financeira atípica, levantando preocupações de lavagem de dinheiro. As suspeitas incluem recursos incompatíveis com a renda declarada, saques para evitar comunicações de operações em espécie e transferências unilaterais não justificadas.
Para alguns dos servidores do governo Bolsonaro, como Mauro Cid, a análise mostrou que eles movimentavam quantias significativamente maiores do que seus salários médios, levantando questões sérias sobre a origem desses fundos.